Cerca de 300 médicos mineiros assinaram neste sábado (16), uma nota pública contra o uso da hidroxicloroquina, da ivermectina e outros medicamentos sem comprovação efetiva de eficácia no tratamento de combate ao coronavírus. No documento, a categoria também pede que os conselhos regionais de medicina e o Conselho Federal de Medicina (CFM) orientem os médicos de todo o Brasil a não prescreverem os medicamentos a pacientes com suspeita de Covid-19.
“Tem muita gente que acha que está protegido e essas pessoas relaxam, principalmente a juventude, que vão para as festas, depois para a casa dos pais e avós. Tomam hidroxicloroquina e ivermectina achando que estão protegidos. O caos de Manaus demonstra isso. É fruto das festas, das aglomerações do final do ano. Então isso é extremamente perigoso”, afirma o médico que também é ex-conselheiro do CFM.
A nota pública assinada pelos médicos faz críticas às ações do governo Federal frente a pandemia e pede que os conselhos de todo o Brasil e o CFM tenham uma postura mais enérgica quanto a questão. “Não podemos nos calar diante da omissão das nossas principais entidades, Conselhos, Associações e Sindicatos Médicos. A aceitação de nossas lideranças do uso de medicamentos que, comprovadamente, não trazem benefícios, nem preventivo e nem curativo, é uma afronta a estes princípios. Chega!”, diz o documento.
O grupo também afirma que a chegada da vacina contra a Covid-19 é a única arma para sanar o problema vivido no mundo e que apesar da Coronavac ter uma eficácia de 50% para casos leves, isso não a torna uma vacina ruim. “Tem gente comemorando que a vacina tem um efeito geral de apenas 50%, como se ela fosse uma porcaria. Essa é uma afirmação de quem não conhece nada de ciência. O efeito de 100% de pessoas que não morreram que tiveram a doença e, a partir da vacina, não morreram é o mais importante”, pontuou Geraldo Guedes.
O ex-presidente do CRMMG informou que o documento será enviado ao conselho regional de Minas na próxima segunda-feira (18) e que é previsto que médicos de outros Estados também apoiem a ideia. A reportagem de O TEMPO tenta contato com o CRMMG e o CFM para obter um posicionamento sobre a questão.
Bruno Menezes
Fonte: O Tempo
Cerca de 300 médicos mineiros assinaram neste sábado (16), uma nota pública contra o uso da hidroxicloroquina, da ivermectina e outros medicamentos sem comprovação efetiva de eficácia no tratamento de combate ao coronavírus. No documento, a categoria também pede que os conselhos regionais de medicina e o Conselho Federal de Medicina (CFM) orientem os médicos de todo o Brasil a não prescreverem os medicamentos a pacientes com suspeita de Covid-19.
“Tem muita gente que acha que está protegido e essas pessoas relaxam, principalmente a juventude, que vão para as festas, depois para a casa dos pais e avós. Tomam hidroxicloroquina e ivermectina achando que estão protegidos. O caos de Manaus demonstra isso. É fruto das festas, das aglomerações do final do ano. Então isso é extremamente perigoso”, afirma o médico que também é ex-conselheiro do CFM.
A nota pública assinada pelos médicos faz críticas às ações do governo Federal frente a pandemia e pede que os conselhos de todo o Brasil e o CFM tenham uma postura mais enérgica quanto a questão. “Não podemos nos calar diante da omissão das nossas principais entidades, Conselhos, Associações e Sindicatos Médicos. A aceitação de nossas lideranças do uso de medicamentos que, comprovadamente, não trazem benefícios, nem preventivo e nem curativo, é uma afronta a estes princípios. Chega!”, diz o documento.
O grupo também afirma que a chegada da vacina contra a Covid-19 é a única arma para sanar o problema vivido no mundo e que apesar da Coronavac ter uma eficácia de 50% para casos leves, isso não a torna uma vacina ruim. “Tem gente comemorando que a vacina tem um efeito geral de apenas 50%, como se ela fosse uma porcaria. Essa é uma afirmação de quem não conhece nada de ciência. O efeito de 100% de pessoas que não morreram que tiveram a doença e, a partir da vacina, não morreram é o mais importante”, pontuou Geraldo Guedes.
O ex-presidente do CRMMG informou que o documento será enviado ao conselho regional de Minas na próxima segunda-feira (18) e que é previsto que médicos de outros Estados também apoiem a ideia. A reportagem de O TEMPO tenta contato com o CRMMG e o CFM para obter um posicionamento sobre a questão.
Bruno Menezes
Fonte: O Tempo